Resumo: Metrópoles desgovernadas – Erminia Maricato

Resumo: Metrópoles desgovernadas – Erminia Maricato
O livro “Imperialismo y urbanización em America Latina”, trata de questões sobre as condições do subdesenvolvimento no subcontinente e as formas de superá-las. O livro cita a importância do setor industrial e do setor “serviços” nas metrópoles dos países centrais latino-americanos, e como o setor absorvia uma força de trabalho. A importância de serviços, comércios e indústrias está diretamente ligado ao desenvolvimento social, a partir do momento em que uma indústria gera muito trabalho e empregos, atraindo a população para perto do trabalho.
Pesquisadores – geógrafos, sociólogos, engenheiros, advogados, arquitetos, etc – analisam a produção da cidade e a funcionalidade da cidade informal, ilegal e periférica para o processo de acumulação de capital nos países não hegemônicos. A renda gerada pelo mercado imobiliário cresce e gera centralidade absoluta no universo periférico. A aceleração e a concentração da urbanização em algumas grandes aglomerações, eram um fenômeno mundial que se aprofundaria nas décadas seguintes. Dentre as 49 maiores cidades do mundo em 1890, 42 estavam no chamado Primeiro Mundo, enquanto sete estavam no Terceiro Mundo.
Apesar de a urbanização diminuir os índices de pobreza no país, o número de moradores de favelas crescia mais do que o crescimento da população urbana. Os moradores se concentravam nas favelas que estavam em condições insalubres, sem saneamento básico, baixa taxa de emprego e altos índices de violência.
Com a reestruturação produtiva do capitalismo, que tem início nos anos 70, foram feitas algumas mudanças nos processos de produção do ambiente construído como a ampliação da ocupação urbana por meio de metropolização expandida, fragmentação, dispersão, cidades-regiões, corredores urbanos, urbanização do arquipélago, espaços pós urbanos. As cidades passam a ser vistas como metrópoles no mundo globalizado, dominado pela financeirização e pelas novas tecnologias de