Resumo Livro O Cora o das Trevas
INSTITUTO DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS
GRADUAÇÃO EM RELAÇÕES INTERNACIONAIS
IRI 1820 – ESTADO, POLÍTICA E DESENVOLVIMENTO NA ÁFRICA SUBSAARIANA
Comentário sobre o livro “O CORAÇÃO DAS TERVAS” de Joseph Conrad, lido para debate em sala de aula.
Um aspecto do livro que chamou bastante atenção foi o fato de que no início Marlow desejava ir à África, mas não sabia bem ao certo o que lá faria ou o que poderia ser útil, sentindo-se como se fosse um impostor. E ao chegar lá ele revela que a situação vivida pelas pessoas que lá estão é um tanto mais complexa do que é imaginado.
E que os africanos eram tratados com desprezo por muitos dos “homens brancos” que lá se instalam e, estes muitas vezes agem de forma manter as aparências, como se não tivessem saído da Europa, como o personagem que vestia roupas brancas bem arrumadas, e isso provavelmente é uma forma de querer mostrar status/poder sobre os demais que lá se encontram (tanto europeus como africanos).
A pesar de a maioria dos europeus que lá se encontram terem um tom extremamente preconceituoso para com os nativos da África - como o mesmo senhor de vestimentas brancas deixa claro o seu ar preconceituoso tanto ao desconforto com o africano que está à beira da morte em seu escritório, como ao dizer num tom irônico que a menina a quem tentou ensinar o oficio de lavar e passar roupa não tinha gosto para o trabalho – Marlow e Kurtz revelam-se pessoas que reconhecem uma certa humanidade nos africanos, mesmo que seus olhares não estejam completamente livres de preconceito.
Uma passagem que achei interessante, mesmo que não seja de um tom mais complexo, é quando ele fala que, logo no início de sua jornada na África, há o desembarque de homens (funcionários da alfândega) para cobrar impostos e outros (soldados) para tomar conta daqueles revelando um sentido de posse daquela terra por quem realmente enviou o navio e a expedição, e por se sentirem no direito de “reivindicar”