Resumo livro tratado de saúde coletiva

Ao longo da história das práticas de saúde, a busca dos saberes mais apropriados às ações necessárias ao alcance dos efeitos desejados tem sido alvo de interrogações, disputas e, especialmente, de muito viva e rica produção intelectual. As primeiras tensões surgiram apartr da medicina hipocrática, no século V a.C. Um segundo momento de importantes confrontos deu-se no começo da modernidade, em torno do século XV, quando os saberes práticos disputaram com os saberes de base mais erudita. Um terceiro momento de conflitos se estabelece cerca de três séculos depois, quando o alcance normativo dos saberes médicos, já com base na racionalidade científica moderna, expande-se sobre o cotidiano dos hábitos e relações humanas na organização social das nações modernas, tornando tais relações objeto de conhecimento e intervenção em saúde, esta expansão faz surgir as necessidades privadas e públicas de saúde.

Epidemiologia e práticas de saúde

Epidemiologia da constituição

A constituição da epidemiologia é entendida como, o processo pelo qual um olhar científico começou a se formar a partir da busca do co nhecimento das relações entre os fenômenos de saúde e doença e os modos como os grupos e indivíduos humanos organizavam socialmente seus modos de viver.
Os primeiros traços de particularidade da epidemiologia podem ser descritos apartir de três características: o controle técnico dos agravos à saúde como interesse prático, o comportamento coletivo dos fenômenos patológicos como a base empírica de suas interrogações e preposições, e a variação quantitativa como a linguagem que espressa a possibilidade de apreender e intervir sobre tais fenômenos coletivos.
Os primeiros saberes com pretensões de cientificidade de traços modernos voltados para a apreensão dos fenômenos coletivos de saúde podem ser localizados na hiegene social do período revolucionário na França. Contudo, ainda não se podia observar ai relações com a tríade epidemiológica. Já em Snow, na Inglaterra