Resumo livro "Teoria das Relações Internacionais", Realismo.
(Resumo do livro Teoria das Relações Internacionais, capítulo 2, NOGUEIRA, João)
O Realismo
O realismo é a visão predominante sobre as relações internacionais e consiste em diversas vertentes, o realismo clássico (vertente inglesa), o neorrealismo ou realismo estrutural e o realismo neoclássico ou neotradicional (onda que começou em 1990 e persiste até hoje).
No século XX o estudo das Relações Internacionais foi se separando das demais Ciências Sociais, ganhando características próprias e buscando autonomia e legitimidade ao mostrar que os estudos das Relações Internacionais não eram tão recentes, tendo sido abordado por autores como Maquiavel, Hobbes e Tulcídes, cujos pensamentos foram adaptados pelos realistas de acordo com suas ideias.
Os realistas adaptaram as ideias sobre o tópico de estudo de Túlcides, a guerra (de que o medo de deixar de existir leva os Estados à guerra) e construíram os conceitos de anarquia internacional e do correlato medo de não sobreviver dos Estados. Além disso, ao ler Túlcides com uma visão realista, a justiça e a moral não são valorizadas nas relações internacionais.
Ao estudar Maquiavel, observa-se o estudo da sobrevivência do Estado como ator. Não existe governante sem Estafo e o uso da balança de poder e de alianças são essenciais para a segurança. Maquiavel chama a atenção por ter estudado como lidar com o mundo real e não com mundos ideais, utópicos, imaginando o futuro; sendo que, novamente, vê-se a moral afastada das relações internacionais.
Hobbes oferece ao realismo a ideia do estado de natureza, o que é comparado com o estado de anarquia nas RI, ou seja, um sistema internacional em que não há um país mais poderoso que os outros pode ser comparado com o estado natural de Hobbes – e este conceito de anarquia se torna uma característica essencial das relações internacionais.
A visão realista das RI tem como base, portanto, visões negativas da natureza humana: ambição, medo (de deixar de existir) e