Resumo Liberalismo Econômico
O liberalismo econômico surgiu na Europa e na América no final do século XVIII, e seu intuito primeiro era a defesa da independência econômica de qualquer interferência proveniente de outros meios. Ainda segundo esta doutrina econômica, deve ser colocada à ênfase na liberdade de iniciativa econômica, na livre circulação da riqueza, na valorização do trabalho humano e na economia de mercado (defesa da livre concorrência, do livre cambismo e da lei da procura e da oferta como mecanismo de regulação do mercado), opondo-se assim ao intervencionismo do Estado e às demais medidas restritivas e protecionistas defendidas pelo Mercantilismo.
A doutrina liberal defende ainda que os governos não costumem representar os interesses de toda a sociedade, e que se concentram em favorecer seus eleitores ou determinados grupos de pressão. Os liberais tradicionalmente desconfiam das intenções da classe política e não têm muitas ilusões a respeito da eficiência dos governos. O liberal tradicional sempre se coloca na posição de crítico permanente das funções dos servidores públicos, vendo com grande ceticismo a função do governo de redistribuidor da renda, eliminador de injustiças ou “motor da economia”.
Um dos mais conhecidos entusiastas da doutrina liberal foi Adam Smith, que enaltecia as liberdades individuais, mas não desqualificava o Estado como representante do bem comum, como ocorreria posteriormente. Para Smith, as ações individuais, influenciadas pelo interesse próprio seriam guiadas infalivelmente por uma 'mão invisível' no sentido da realização do bem comum.
A proposta da nascente teoria é que todos podem alcançar o mais alto nível de prosperidade de acordo com seu potencial, aplicando seus valores, atividades e conhecimentos, com o maior grau de liberdade possível, em uma sociedade que reduza ao mínimo os inevitáveis conflitos sociais. Outros dois aspectos vitais que dão forma à doutrina liberal são a tolerância e a confiança na força da razão.