Resumo - Leontiev - O homem e a cultura

Em "O Homem e a Cultura", Leontiev aborda o homem como um ser qualitativamente diferente dos animais e utiliza argumentos socio-histórios para discorrer sobre. Primeiramente, ele traz a teoria Darwiniana segundo a qual o homem é o produto da evolução gradual do mundo animal e tem origem animal. Aprofundando mais, Leontiev defende a ciência progressista que afirma que o homem é um ser naturalmente social e que tudo de humano que há nesse ser é gerado em sociedade, no convívio social e na cultura criada pelos homens. Com Engels, Leontiev sustenta a teoria de que o desenvolvimento evolutivo do homem, com características que o diferenciam de seus antepassados primatas, é submetido não às leis biológicas (alterações anatômincas transmitidas pela hereditariedade), mas à leis socio-históricas. "Engels, sustentando a ideia de uma origem animal do homem, mostrava ao mesmo tempo que o homem é profundamente distinto dos seus antepassados animais e que a hominização resultou da passagem à vida numa sociedade organizada na base do trabalho; que esta passagem modificou a sua natureza e marcou o início de um desenvolvimento que, diferentemente do desenvolvimento dos animais, estava e está submetido não às leis biológicas, mas a leis sócio-históricas". O autor então trabalha com um processo da passagem dos animais ao homem composto por três estágios: o primeiro é a Preparação Biológica do Homem (em que os seres vivem gregariamente, já em posição vertical mas não manipulam objetos para trabalho e são dependentes das leis biológicas); o segundo é a Passagem ao Homem (período marcado pelas primeiras formas de trabalho e sociedade, mas ainda submetido às leis biológicas. Aqui o desenvolvimento do homem torna-se dependente do desenvolvimento da produção). Existe então, nessa segunda fase, uma dupla determinação: os órgãos se adaptam às condições e às necessidades produtivas aliado ao fato de que as necessidades produtivas são regidas pelas leis socio-históricas. No terceiro