RESUMO KUSCHNIR
Antropologia política (Adjetiva, ramificação) ou Antropologia da política (pertencente à política)?
Dois pressupostos: A sociedade é heterogênea, com múltiplas percepções da realidade; A “política” ou o “mundo da política” não é um dado a priori.
Histórico de um campo de Estudos
- O interesse da antropologia pela política existe desde os primórdios da disciplina.
- A antropologia política não era tema de interesse entre as últimas décadas do século XIX e o início da década de 1920 (época da hegemonia do evolucionismo).
- A antropologia política só passou a ganhar espaço a partir do avanço da tradição estrutural-funcionalista britânica (etnografias realizadas no contexto colonial anglo-africano).
- A maioria dos estudos dessa época buscava entender a organização social de grupos que não possuíam um Estado.
- A expressão “antropologia política” foi consagrada pelo cientista político canadense David Easton, em uma revisão bibliográfica de mesmo título publicada em 1959. (Foi polêmica)
- A monografia de Evans-Pritchard sobre o sistema político Nuer (tribo africana) mostra que a chave da organização política daquela sociedade se dava através de sistemas de parentesco.
- Relações de parentesco, étnicas e religiosas são repensadas em todos os tipos de sociedade, revelando-se que constituem dimensões fundamentais e por vezes exclusivas, de atualização da vida política.
- O poder (ou a política) estaria presente em todas as relações sociais em que existe algum tipo de assimetria. (McGlynn e Tuden, 1991).
Cultura Política
- Conceito criado na década de 1960 por Gabriel Almond e Sidney Verba, definida como expressão do sistema político de uma sociedade;
- Objetivo era combinar o campo da política com a cultura;
- Para elaborar o conceito, os autores se inspiraram em trabalhos de diversas áreas do conhecimento, a principal referência foi a Escola de Cultura e Personalidade;
- Uma referência-chave é Patterns of