Resumo joãozinho da maré
Era uma vez um moleque chamado Joãozinho que morava na favela da Maré, no Rio de Janeiro. Do fundo da miséria em que vivia Joãozinho via as conquistas de nossa civilização. Ele estava sempre observando o mundo que o rodeava, sendo um sobrevivente do nosso sistema educacional. Estava sempre preocupado em entender o “como” e o “porque” das coisas da natureza. Além da chatice da aula ele andava meio arisco com sua professora e as aulas de ciências. Conforme “manda o programa” a professora havia ensinado coisas como a Terra, o Sol, os Pontos cardeais, etc.
Ela havia dito que era importante que eles soubessem os pontos cardeais:
-“A gente acha esses pontos fazendo assim: estendem-se bem os dois braços, horizontalmente para o lado...”
-“Fessora, a gente vemos o sol nascê em lugar diferente. Se ponto leste é onde sai o sol, então ele ta mudando?”
- Joãozinho, você está atrapalhando minha aula. Trate de estudar mais e atrapalhar menos. ” Na mesma serie de aulas sobre esses temas obrigatórios do programa, a professora havia “ensinado” outro assunto: os dias e as noites:
- meio-dia é quando o sol passa a pino.
- fessora, quié sol a pino?
- é quando o sol passa bem em cima de nossas cabeças. É quando a sombra da gente fica embaixo dos nossos pés. No dia seguinte, Joãozinho e seus amigos resolveram acompanhar a sombra desde cedo para não perder o momento que ela deveria passar por baixo dos seus pés. Depois de vários dias de tentativas frustradas de ver o sol a pino os guris desistem. Alguns meses depois. Faltava pouco para o meio dia. Os garotos saem e de repente, Joãozinho, que dera uma topada, numa pedra, olha para seus pés:
- Ei, turma, vem vê! o sol ta quase a pino! Todos olharam para o relógio da professora e não era meio dia, que decepção. Num outro dia, a aula começa com as definições ditadas para “ponto”:
- Verão é o tempo do... calor. Inverno é o tempo do...frio. Primavera é o tempo das... flores. Outono