Resumo Identidade e Diferença
oLUGAR DAS CIÊNCIAS SOCIAIS*
A "crise" recorrente das ciências sociais
Ninguém está contente com as ClenCIaS sociais. Para alguns , elas são muito teóricas, abstratas e não contribuem para resolver os problemas do país; para outros, predomina a pobreza teórica, a falta de rigor analítico, a preocupação dcsord enada com questões imediatistas. Existem os que se queixam da sec ura dos conceitos abstratos, da frieza dos números, buscando resgatar a forç a da sens ibilid ade artística e literária; outros deploram o vale-tudo da intuição e do s bon s se ntim e ntos. Há os que criticam o elitismo dos cursos de pós-graduação, suas teses intermináveis e incomprecnsívcis, e os que lamentam a mass ificação dos cursos de graduação, com a indigência dos currículos e a má qualid ade dos estudantes. Há os que criticam o uso abusivo do inglês, o jargão tecnocrático, a proliferação das citações, e os que lamentam o provinciani smo de uma c iê ncia soc ial que se isola em uma Iíngua secundária, usa idéias dc segunda mão sem conhecer as fontes e não dialoga com o resto do Illundo.
É provável que a insatisfação seja maior hoje do que em outros tempos e mai s inte nsa no Brasil do que na Europa ou nos Estados Unidos. M as é óbv io que não se tra ta d e um fenômeno novo nem exclusivamente nacional.
'" Trabalho. apresen lado. à mesa-redo.nda 'Teoria e MélOdo. e as Ci ê ncias Soci:lis Brasi leiras da
Alua lidu(Jt;". e m XIV EI/(:rl/llm AI/II"I d" AJllwcs. Caxilmbu. o.ul. 19 90. e no se min ário.
"Ciê nc ias So.ciais Ho je". Uni vers idade do ESlado do Rio de Janeiro. 29 novo 1990.
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AS CIÊNCIAS SOCIAIS E A CULTURA
As c iê nc ias sociai s sempre vivera m e m um es tado mais ou menos permanente de "c rise" , e di sc ussões interm ináveis sob re métodos, abo rdagen s e di sc ursos, co mbinadas com exegeses igualmen te intermin áveis so bre fundadores, costumam ser tomadas como indicad o res do pouco amadurec im e nto e con solidação do ca mpol. Tal vez não