Resumo História do Sabor - Capítulo 2
Para os historiadores sociais, o aspecto mais importante na rotina da vida cotidiana é o da alimentação e dieta. Homero não só descreve um surpreendente número de banquetes, mas sua atitude em relação à comida e à bebida, em comparação com autores gregos posteriores, é admiravelmente saudável e descomplicada, sem o pretensioso desprezo pelas necessidades físicas que compartilhamos com os animais.
Mas, para Homero, comida e bebida não são apenas uma necessidade, o sustento da vida e da força; são também fontes de alegria e prazer, a base da vida comunal. Os banquetes dos heróis começam com um sacrifício, uma oferenda aos deuses, da mesma maneira que, os séculos seguintes, começariam os banquetes comunais das civilizações antigas.
Enquanto os mortais comiam carne de caça com prazer, os deuses só aceitavam o sacrifício de animais domésticos. Acreditava-se que os deuses gostavam do cheiro do sacrifício queimado. A compreensão dessa fato tornou o processo mais econômico.
Mais tarde, os gregos passaram a diluir o vinha em água. Homero não especifica o que os heróis adicionavam ao vinho, mas ele é frequentemente descrito como melífero ou doce.
Para Homero, uma comunidade civilizada é um lugar onde as pessoas produzem grãos para fazer pão, têm vinícolas para fazer vinho, pomares com macieiras e pereiras, romãs, figos e olivas, e onde jardins bem plantados fornecem uma variedade de vegetais frescos durante o ano inteiro. Essas comunidades possuem locais onde as pessoas se reúnem para discussões e assembleias.
Aparentemente Sócrates era contra o consumo de carne devido a suas possíveis consequências sociais; filósofos de varias escolas muitas vezes defendiam uma dieta sem carne por temerem os efeitos de seu consumo no corpo ou na alma. Alguns diziam que os “vapores” da carne podem entupir a mente, retardando o pensamento. Outros eram