resumo historia
Introdução à história da Arquitetura: das origens ao sáculo XXI
São Paulo: Bookman Companhia.
Ed: 2009
Capítulo 11 – A Cabana Cristã
Enquanto a cabana clássica é uma construção isolada, a cabana cristã se combina com outras construções e dá continuidade a elas, apresentando um caráter orgânico de expansão e articulação dos edifícios. Nas catedrais, nos monastérios, nos castelos e nas casas aparece o mesmo caráter, já que a importância do fator temporal se opõe ao sentido unívoco clássico. Essa relação é apreciada ainda hoje nas permanências e nas transformações urbanas, no sentido da trama viária e nas tipologias de edificações; e de maneira especial na relação entre a igreja e a cidade, embora os edifícios religiosos da Idade Média cumprissem uma função singular na organização urbana, manifestando a tendência geral do desenvolvimento urbano e ressaltando o perfil da cidade. Nesse sentido e analogamente àquela como se definiu o templo grego como cabana clássica, a igreja medieval pode ser definida como a cabana cristã. A primeira cabana era um objeto plástico, um volume escultórico, enquanto a segunda é um objeto escavado, uma caverna onde o espaço interior é predominante e determina a expressão externa, por mais brilhante que esta seja.
A basílica paleocristã
É o princípio tipológico de todas as igrejas cristãs e tem sua origem na basílica romana. Pode-se estabelecer a evolução de ambas a partir da estoa grega, sendo o espaço basilical o resultante da cobertura do espaço definido por duas estoas opostas. A basílica romana é simétrica em relação aos dois eixos: colunata frente a colunata, abside frente a abside; portanto, cria um espaço que tem um centro preciso e único, função do edifício, não do caminho do homem. São estes os elementos, com maior ou menor desenvolvimento, determinam a arquitetura cristã na Idade Média: espaço basilical ou nave central, estoas ou naves laterais,