Resumo Gilberto Freyre - Homens, Engenharias e Rumos Sociais
Redação 001
Engenharia de acordo com Freyre pode ser definida como “a arte de aplicar conhecimentos científicos ou empíricos à criação de estruturas a serviço do homem” (Freyre, 1987 p.23). O engenheiro tem a função de conhecer e utilizar os recursos humanos ou naturais e transformá-los de modos que se tornem funcionais para suprirem as necessidades da sociedade. Contudo, não apenas a criação em si ou aplicação dos conhecimentos científicos (a engenharia física) deve ser preocupação destes intelectuais. As interações existentes entre os indivíduos humanos com a sociedade, a natureza, a economia, com o mundo todo que o cerca também devem ser consideradas em projetos de introdução de novos engenhos na sociedade, pois quaisquer mudanças que sejam inseridas no cotidiano do homem poderão resultar em mudanças profundas na vida dos indivíduos e até mesmo no ambiente social em questão. É a partir dessa necessidade de se atentar para esses critérios humanos e sociais que foram surgindo os conceitos de engenharia humana e engenharia social complementando a engenharia física.
Gilberto Freyre, por meio de sua obra Humanidades, Engenharias e Rumos Sociais, parte da definição clássica de engenharia para chamar a atenção para seus impactos na sociedade e subdividi-la em três engenharias: Física, Humana e Social.
A engenharia física pode ser considerada como a mais evidente. Ela se manifesta “em quase todas as construções, a serviço essencial e imediato dos homens” (FREYRE, 2010; p.25). A humana trata das “relações técnicas ao mesmo tempo que antropométricas, dos homens com tais coisas” (FREYRE, 2010; p.25). E a social as “inter-relações de ordem social entre homens uns com os outros [...] dentro de uma sociedade humana” (FREYRE, 2010; p.25). São elas os bens imediatos do homem, e que o senso comum tende a somente vê-la e chama-la de engenho, como prédios, pontes, veículos, etc.
Freyre teve a