Resumo gestão informação e reforma estado
Silvia Lopes
Curso de Comunicação
Universidade Federal Fluminense.
Introdução
A discussão da temática proposta nesta mesa-redonda é muito abrangente e permite, portanto, enforques diferenciados. Temos por obrigação, para segui-la, de ligar o problema dos arquivos aos da gestão da informação e aos da Reforma do estado brasileiro, no momento em curso. Vemos que existe a possibilidade de serem feitas estas ligações, desde que se estabeleçam limites e parâmetros bem definidos destes três temas propostos, a partir dos enunciados que os definem.
A palavra arquivo é polissêmica, derivando-se em várias utilizações, sendo, quase todas, legítimas. Trata-se de um termo que permite associações múltiplas de idéias, nem sempre as que nós, que trabalhamos com arquivos, desejaríamos que existissem. No que interessa neste texto, concebem-se os arquivos como o conjunto de informações registradas, produzidas e recebidas, em qualquer suporte, de natureza orgânica, a que se possa atribuir, também, a natureza arquivística. Logo, não se está falando dos arquivos enquanto instituições públicas ou privadas responsáveis pela guarda de acervos. Vai-se discutir os arquivos, enquanto acervos documentais com conteúdos informacionais que registram as atividades de organizações ou de pessoas. A expressão gestão da informação é bastante ampla e relativamente recente, criada numa época onde a informação é considerada a medida de todas as coisas. Há bem pouco tempo falava-se da era do átomo, hoje, diz-se que se vive uma revolução informacional, uma era ou sociedade da informação. No Brasil, pelo menos, vive-se mais uma sociedade da televisão do que, normalmente, se entende por sociedade da informação. Mas, talvez seja esta a face brasileira da era/sociedade da informação. Em tempos da globalização é preciso ressaltar as diferenças, mesmo contra a maré montante de um mundo que se pretende sem fronteiras. A expressão gestão, pode, sem prejuízo teórico e