Resumo filosofia moderna
No período do Renascimento (séculos 15 e 16), o mundo assistiu a profundas transformações no campo da política, da economia, das artes e das ciências. O Renascimento retomou valores da cultura clássica (representada pelos autores gregos e latinos), como a autonomia de pensamento e o uso individual da razão, em oposição aos valores medievais, como o domínio da fé e a autoridade da Igreja.
No campo político, o principal autor do Renascimento foi Maquiavel, autor de "O Príncipe". Maquiavel elaborou uma teoria política fundamentada na prática e na experiência concreta. Durante o período medieval, o poder político era concebido como presente divino e os teólogos elaboraram suas teorias políticas baseados nas escrituras sagradas e no direito romano.
Uma outra obra representativa desse momento filosófico é o "Elogio da Loucura", de Erasmo de Roterdã. Ao elaborar uma obra ao mesmo tempo literária e filosófica, Erasmo usa a palavra para afirmar valores humanos e denunciar a hipocrisia, ridicularizando papas, filósofos ou príncipes. As mudanças dessa época de crise prepararam o caminho para o despontar do racionalismo clássico.
Racionalismo clássico
O século 17 foi um dos períodos mais fecundos para a história da filosofia. Marcado pelo absolutismo monárquico (concentração de todos os poderes nas mãos do rei) e pela Contra-Reforma (reafirmação da doutrina católica em oposição ao crescimento do protestantismo), essa época acolheu as grandes criações do espírito científico, como as teorias de Galileu Galilei e o experimentalismo de Francis Bacon.
Recusando a autoridade dos filósofos que o antecederam, René Descartes foi o maior expoente do chamado "racionalismo clássico" - uma época que deu ao mundo filósofos tão brilhantes como Blaise Pascal, Thomas Hobbes, Baruch Espinoza, John Locke e Isaac Newton.
Embora sempre tenha sido objeto da reflexão dos filósofos, o problema do conhecimento tornou-se mais agudo a partir do século 17. Com os