Resumo filme inside job ( trabalho interno)
Professor Claudemar Timóteo Teichmann
Economia Brasileira
Acadêmico:
Jader Vogel Barreto
Pimenta Bueno – RO
23 de novembro de 2012
Tudo começa e gira em torno da chamada desregulamentação. Em 2008, quando estourou a crise, disse a meus alunos que que certamente ouviriam muito essa palavra, dali em diante. Desde o final do ano anterior, era perceptível aos analistas independentes, mais críticos do comportamento neoliberal, que se aproximava uma grave crise imobiliária nos EUA. Percebi que ela colocaria em xeque toda a política neoliberal, que procura retirar do Estado os mecanismos que permitiriam controlar a movimentação financeira mundo afora e os enormes lucros astronômicos do capital que se dedica a ela.
Desregulamentação, enfim, veio a ser todo o processo político e econômico que possibilitou uma enorme virada na economia mundial e deu início ao que passou a se chamar “Globalização”. Partia-se do princípio que era necessário livrar a economia de todas as amarras que eram impostas pelo Estado e garantir ampla liberdade para o comércio mundial. Não se percebeu no primeiro momento que essa liberdade reivindicada tinha como alvo principal a movimentação do capital financeiro pelo mundo. Claro, também para as mercadorias. Mas a mercadoria mais importante a ser “libertada” era o dinheiro, permitindo aos especuladores “inventar” múltiplas fórmulas capazes de multiplicar seus rendimentos.
As finanças globais foram, assim, transformadas num verdadeiro cassino. Analistas e acadêmicos das famosas escolas de administração, economia e finanças dos EUA tornaram-se consultores e assumiram cargos elevados da alta administração das finanças estadunidenses. Já nos anos 1980, François Chesnais e Perry Anderson, críticos da forma como se dava a globalização financeira, acusavam: tanto o termo “globalização” quanto a idealização das políticas neoliberais haviam sido criados nas escolas de administração dos Estados Unidos.