Resumo Expandido Sintegra
Keila A. Carvalho(1,*) e Ramon F. Souza(2)
1 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina-MG
2 Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – UFVJM, Diamantina-MG
*E-mail do autor principal: keilaacarvalho@gmail.com
INTRODUÇÃO
Nas primeiras décadas do século XX, a postura assumida pelo poder público ao tornar a saúde como sua responsabilidade, marca um processo histórico, através do qual a saúde se constituiu como um dos elementos chaves no processo de construção de uma ideologia da nacionalidade brasileira. Porém, a articulação de políticas públicas de saúde no âmbito nacional, ocorreu de forma gradativa. O desafio era levar os preceitos sanitários, bem como a gerência do Estado aos rincões do Brasil, o que significava interferir nos valores e costumes das populações. Valores populares ainda recorrentes no Vale do Jequitinhonha onde, sobretudo nos pequenos municípios, as pessoas recorrerem às práticas de cura populares - benzeduras, simpatias, chás etc.-, que somadas representam importante aspecto da tradição da região, uma vez que constituem “herança” das culturas indígena e negra desde o período colonial, aplicadas como forma de curar ou mesmo prevenir determinados males.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
As respostas para as questões suscitadas nessa pesquisa são investigadas, por meio das entrevistas de história oral, com grupos de moradores de quatro cidades/comunidades do Alto Vale do Jequitinhonha. Além disso, recorremos à pesquisa bibliográfica para elucidar as práticas populares de cura e, de certo modo, o avanço dos métodos alopáticos de cura para a região do Jequitinhonha, enquanto interesse do Estado. Os resultados relativos à investigação são ainda parciais, tendo em vista que o projeto está em andamento, porém podemos proceder alguns resultados. Os quais demonstram que embora as práticas populares de cura fossem menosprezadas em detrimento o