Resumo - escola dos annales
BUKER, Peter. A Escola dos Annales 1929 -1989: a Revolução Francesa da historicidade. São Paulo: Fundação Editora da UNESP, 1997.
O livro intitulado A Escola dos Annales 1929 -1989: a Revolução Francesa da historicidade, de Peter Buker, traz um estudo acerca do movimento dos Annales. É um mergulho na tentativa de compreender o mundo francês, elucidar a década de 20, estendendo-se até as próximas gerações. Burke em sua obra afirma que os Annales foi um movimento dividido em três fases: a primeira (1920-1945) apresenta a guerra radical contra a história tradicional, a história política e a história dos eventos; na segunda, o movimento aproxima-se verdadeiramente de uma “escola”, com conceitos (estrutura e conjuntura) e novos métodos (história serial das mudanças na longa duração) dominada, predominantemente, pela presença de Fernand Braudel (46-69); e a terceira (volta de 1968), traz uma fase marcada pela fragmentação e por exercer grande influência sobre a historiografia e sobre o público leitor, em abordagens que comumente chamamos de Nova História ou História Cultural. A narrativa dos Annales, pode ser interpretada, segundo Buker, em processos “cíclicos comum segundo o qual os rebeldes de hoje serão os establishement de amanhã, transformando-se por sua vez, no alvo dos novos rebeldes.” (p. 13). Desde modo o autor, proporciona nos cinco capítulos que compõe sua obra, uma viagem através da “memória da história”, seus principais escritores, métodos e finalidades de sua escrita, partindo das contribuições antigas até chegar ao século XX. Assim, destaca as principais contribuições para a Escola de Annales dos autores como: Fernand Braudel, Emmanuel Le Roy Ladurie, Jacques Le Goff, Michel Vovelle, KrzystofnPomiamn, Roger Chartier e Jacques Revel. Desde os tempos de Heródoto e Tucídides, a história tem sido escrita sob uma variada forma de gêneros: crônica monástica, memória política, tratados de antiquários, e assim por diante. A