Resumo Encruamento
Os períodos de relaxação para alguns processos atômicos significativos em cristais são tão extensos que o equilíbrio completo é raramente atingido, por este motivo que os metais apresentam a particularidade bastante útil de encruamento por deformação. O encruamento por deformação plástica é um dos mais importantes métodos de endurecer os metais. O encruamento ocorre basicamente porque os metais se deformam plasticamente por movimento de discordâncias e estas interagem diretamente entre si ou com outras imperfeições, ou indiretamente com o campo de tensões internas de várias imperfeições e obstáculos. Estas interações levam a uma redução na mobilidade das discordâncias, o que é acompanhada pela necessidade de uma tensão maior para provocar maior deformação plástica.
O encruamento pode ser também chamado de trabalho a frio porque este fenômeno acontece em temperaturas abaixo da temperatura de recristalização. Por tanto, aumentando a temperatura os efeitos do aumento da resistência do metal adquiridos pelo processo de trabalho a frio, podem ser diminuídos até voltar às suas propriedades originais. A figura abaixo mostra o comportamento de um sólido elastoplástico, onde o tempo de relaxação é curto e a tensão é independente da deformação depois de atingir o seu estado de equilíbrio, e de um sólido cristalino real deformado plasticamente, tornando-se mais resistente e uma tensão ainda maior é necessária para sua deformação. Isso é chamado de encruamento.
Referência, CALLISTER, Ciência e engenharia dos materiais, Edição 7, Rio de Janeiro, LTC.
Muitas teorias têm sido propostas para explicar o encruamento. A maior dificuldade reside no fato de determinar como a densidade e a distribuição das discordâncias varia com a deformação plástica.
Segundo COTTRELL: “O encruamento foi o primeiro problema que a teoria de discordâncias tentou resolver e será provavelmente o último a