Resumo eduardo lourenço
Na “literatura como interpretação de Portugal”, Eduardo Lourenço assinala cinco momentos relevantes induzidos pelas gerações mais marcantes do século XIX e princípios do século XX. * O primeiro momento é caracterizado pelos escritores do Romantismo, Alexandre Herculano e Almeida Garrett e o Modernismo de Fernando Pessoa. È assinalado pela atitude inaugural de Garrett, em que pela primeira vez Portugal se questiona sobre uma nova entidade, a Pátria-Nação; * O segundo momento é representado pela célebre Geração de 70. Em que os seus mais ilustres membros Eça de Queirós, Antero de Quental, Teófilo Braga e Oliveira Martins perante a realidade nacional procuram repor Portugal na sua magnitude negada pela conjuntura medíocre da sua realidade política, económica, social e cultural. Esta geração convive com o sentimento de declínio de um povo que recebe influencias passivas do movimento designado por Civilização; * O terceiro momento é marcado pela Geração de 90, que vai contestar este declínio com o Junqueiro e António Nobre; * O quarto momento interpreta em profundidade o imaginário saudosista de Teixeira de Pascoaes, explicando a relação do escritor com a sua pátria, uma pátria a ser feita e não apenas já feita; * O quinto momento termina, com a Mensagem de Pessoa, em que a desnacionalização e o cosmopolitismo permitem esperar tudo do Portugal navegador.
Estes escritores almejaram transformar e lutar contra as imagens do País, ambicionando recriá-lo à imagem de nações europeias fortes e proclamando o renascimento do Império com a vinda do Desejado. Os discursos identitários por eles criados fundam o nosso património