O período pós- 1999 foi marcado pela elevação da taxa de desemprego da força de trabalho e, pelo crescimento medíocre do produto, as principais razões para esses acontecimentos são de origem estruturais e de política econômica. A respeito da política econômica, o problema está relacionado a esta não conseguir promover uma integração menos perversa do Brasil ao ambiente internacional de hoje, que está claramente ligado à globalização financeira. Ao analisar melhor essa situação veremos que o problema está se manifestando mais nas inconsistências e contradições da política macroeconômica, isso devido as assimetrias vindas da inserção do Brasil na economia globalizada. Após 1994 a política econômica do Brasil assumiu os regimes de câmbio fixo e flutuante, que eram as duas alternativas possíveis. Entre 1994 e 1998 a taxa de juros era a variável dependente, juntamente com um regime de câmbio fixo e uma política fiscal neutra. Já nos anos de 1999 até o primeiro semestre 2002 o que estava acontecendo era uma política monetária quase que independente, que tinha como centro as metas de inflação, já a política fiscal funcionava de forma contracionista e a política cambial funcionava de forma dependente com taxa de câmbio flutuante. Esse problema fica visível ao se examinar a trajetória do crescimento do produto e do emprego, e também a evolução de outras variáveis macroeconômicas muito importantes, como taxa de inflação, dívida pública e endividamento externo. Isso mostra que deve ser feita uma reorientação no regime de política econômica, para que se obtenha outros resultados. Deve-se então, criar uma administração simultânea das políticas monetárias e cambial, ou seja, deve haver uma restrição à mobilidade de capitais e também ao excessivo grau de abertura financeira da economia brasileira. Outro objetivo central desse novo regime é reduzir a vulnerabilidade externa, e para isso é necessário a redução do endividamento externo de curto prazo, com superávits em