Resumo do texto "O direito a literatura"
Resumo do texto “O Direito à Literatura”, de Antônio Candido
Antonio Candido inicia seu texto se distanciando do tema da literatura e focando mais nos direitos humanos e, principalmente, nas contradições e mudanças ideológicas que a humanidade vive atualmente – e seus pontos positivos e negativos. Como contradição, são muito usados exemplos do avanço e, ao mesmo tempo, retrocesso que a tecnologia nos proporcionou: na mesma medida que podemos gerar e prolongar mais a vida, podemos também dizimar locais e seus habitantes por inteiro. As mudanças de pensamento podem ser vistas em discursos, nos temas abordados pela mídia e pelas pessoas, e também possui dois lados. Hoje, são ditas abertamente coisas que antigamente seriam consideradas subversivas por serem “comunistas”, mas, apesar da maioria da população ter esse discurso de esquerda e de ter consciência de que já existem recursos para melhorar a realidade do país – e do mundo -, as pessoas continuam sem se empenhar nessa luta. Ainda falando principalmente dos direitos humanos, Candido fala sobre direitos dispensáveis e indispensáveis para os seres humanos, e se baseia no fato de que as pessoas acham que o que lhes é indispensável não é indispensável para outros de classes mais baixas que a sua, e essa dificuldade de ver o outro como semelhante é uma das causas da falta de luta por um mundo melhor. Quanto mais evoluímos e crescemos, portanto, maior é a desigualdade social. Com isso, abre uma discussão sobre a literatura ser um direito necessário e indispensável ou não. O autor observa os mais diversos tipos de literatura e modos em que ela está inserida na sociedade e chega à conclusão de que ela é uma necessidade e que é importante, pois forma personalidades e discute a realidade, podendo, assim, humanizar as pessoas, trazendo o bem e o mal ao mesmo tempo. Logo depois, divide em três partes as razões do poder humanizador da literatura e os explica. A primeira parte mostra a organização