Resumo do texto a educação que temos, a educação que queremos
Sacristan nos situa em relação ao projeto inicial para o qual a educação foi criada, segundo o iluminismo, definindo homem e mulher como cidadãos ilustrados, quer dizer educados, cultos e disciplinados, operando assim uma sociedade democrática. A escola é entendida aqui como uma ferramenta para o progresso. O desenvolvimento desta tese educacional propõe ainda que se desenvolva uma atitude positiva para o aprender, o que a pedagogia moderna compreende como aprendizagem significativa.
Em sua base renascentista, a educação estava ligada à ascensão, o surgimento de uma sociedade aberta e móvel com a substituição da hierarquia determinada pela origem social, por outra estabelecida por educação-profissão. Esta preposição estaria fundamentada no surgimento de uma concepção de homem como ser em construção e não mais predestinado. É importante ressaltar, que esta idéia que hoje nos parece senso comum, é extremamente original no mundo renascentista e possibilita um novo entendimento das relações interpessoais, da organização da sociedade e do papel da educação escolar neste contexto.
A cultura, como acesso à educação dignifica o ser humano, pois através da escolarização o cidadão exerce seus direitos de acesso à livre expressão, ao trabalho, à participação política, e toda a qualidade de vida proporcionada por estes condicionantes. A partir deste resgate filosófico, Sacristan reconstrói a pertinência do projeto educacional iluminista no mundo atual, passando a buscar uma validade singular para a escola no mundo moderno.
Os eixos de um projeto ainda válido para o futuro
Sacristán identifica no domínio da linguagem a capacidade de participar da reconstrução da sociedade a partir do