As autoras Désirée Motta-Roth e Graciela Hendges Rabuske, no segundo capítulo do livro Produção textual na universidade, esclarecem que a resenha tem como objetivo avaliar, elogiando ou criticando, o resultado da produção intelectual em alguma área do conhecimento, salientam a importância da produção de textos com segurança, justificando assim a atenção dada a este gênero. As autoras afirmam que a resenha é um gênero discursivo que atende a objetivos convergentes, enquanto a pessoa que lê busca, a pessoa que escreve fornece, uma opinião crítica sobre determinado livro. O resenhador para atender ao leitor, descreve e avalia a obra baseando-se em seu prévio conhecimento sobre o tema. Elas ressaltam que este gênero discursivo pode ser usado com maior ou menor frequência dependendo de cada área, mostrando como exemplo a área de letras que segue uma tradição de resenhar livros bem maior que outras áreas, como física, química e economia. Motta-Roth e Rabuske iniciam o texto apresentando a estrutura retórica básica de uma resenha, que se desenvolve em quatro etapas: Apresentar, descrever, avaliar, (não) recomendar. Geralmente estas ações aparecem nesta ordem e podem variar em extensão e frequência, de acordo com o objetivo do resenhador ou das características do livro. Em seguida as autoras listam alguns exemplos de resenhas, onde são destacados cada etapa essencial a esta produção. No primeiro exemplo a resenhadora utiliza de vários recursos de exemplificação para contextualizar o livro resenhado, também para situar o leitor a resenhadora apela para a fama de autores usados como referência na obra. Seguidamente ela detalha e avalia pontos específicos, explicando tópicos de cada capítulo, mostrando assim sua autoridade dentro da disciplina e sua habilidade em fazer julgamentos plausíveis e coerentes. O resenhador pode utilizar material extra que vai além do texto principal, na forma de apêndice, anexo, tabelas, gráficos, etc. O tipo e a frequência deste material