O texto de Inês Assunção de Castro Teixeira, Da Condição Docente: primeiras aproximações teóricas (2007) propõe uma analise sobre a docência em seu âmbito textual, em sua estruturação, propondo assim um esforço para tocá-la, compreendê-la em sua fundação, e realização, de acordo as práticas, e a historicidade que constituem sua realização. Apoiada em propostas teóricas, sugere um novo olhar em relação à docência, propondo novas perspectivas. Interrogando, questionando, incansavelmente sua construção, e suas práticas. A autora expõe a figura do professor, tentando assim, compreender as bases que os constituem. Partindo do conceito de Condição Docente tenta compreender a situação na qual um sujeito se torna professor. Sua origem, fundação, os elementos fundamentais para se pensar o professor em quanto professor, e as relações que estabelece com o mundo, e com as diferentes esferas que constituem este mundo. Segundo sua analise o termo fundação, é trabalhado em dois sentidos que se interagem, e se relacionam intimamente. O conceito fundação, deriva do latim, assim como do grego e nasce no sentido de criar, tanto como o de um conjunto de realidades, ou do homem em sociedade. Em sua analise a autora trabalha com esse conceito em duplo sentido: do que funda, ou do que cria tentando compreender a condição docente em sua fundação e origem, e a matéria que é construída a docência e o docente, e sua historicidade. Segundo ela, a docência é construída na relação social entre docentes, e discentes. A docência não pode ser pensada, e construída sem essa relação, não existe docência sem discente. Essa relação é responsável, por constituir a matéria base da docência. A docência é criada, recriada nesse contato entre discente, e docente. No contato com o outro, e com as múltiplas realidades que são envolvidas. A docência se instaura na realidade, na relação entre sujeitos, e suas realidades socioculturais a partir dessa relação, e não fora dela. Antes de tudo