Resumo do texto: HORIZONTE DE PROJEÇÃO DO CONTROLE PENAL NO CAPITALISMO GLOBALIZADO NEOLIBERAL

É bastante desafiadora a tarefa de tentar entender as medidas de controle penal atualmente. Ir em busca da compreensão desse controle é procurar entender de que maneira as sociedades sofrem ou não mudanças, como se constroem as idéias de sua população (a subjetividade do indivíduo), como se dá a divisão entre uma sociedade em normalidade e uma sociedade com desvios sociais, as questões da criminalidade, a paz e a guerra, dentre outros. Para compreender essas características em uma sociedade, é preciso analisar como funcionam os poderes: econômico, político, financeiro, midiático, etc. É necessário entender como eles operam no meio social. A idéia contida no capitalismo globalizado é de que, o crime violento gerado nas ruas é a causa de toda insegurança existente (tanto individual, quanto coletiva). Essa criminalidade que amedronta as pessoas é vista como um “grande inimigo”, por isso acreditam que essa seja a causa da criação de uma sociedade que ao mesmo tempo em que é tão encarceradora, também é encarcerada. Assim como a criminalidade desperta o sentimento de insegurança na população, o crime gera o medo. São justamente esses sentimentos de medo e insegurança que fazem com que a procura pela segurança pública aumente, saturando os sistemas punitivos das agências policiais (tanto civil quanto militar). Essas punições vêm se expandindo no sistema capitalista, gerando o que se pode chamar de crescimento (agigantamento) do “Papai Noel”, pois gera um sistema punitivo gigante, ou seja, assim como as crianças acreditam que o Papai Noel distribui presentes, a sociedade acredita que com o aumento da demanda por segurança, o controle penal se expande, reduzindo assim o problema da criminalidade, fazendo uma espécie de ressocialização nas pessoas que cometem os crimes (os criminosos), e por fim, atingindo ao objetivo, que é promover a segurança. Isso não passa de uma verdadeira ilusão, assim como a ingenuidade da fantasia infantil em acreditar na existência do Papai