resumo do texto escola é lugar de fé?
Desde que George W. Bush defendeu o ensino do design inteligente, que prefere explicar o surgimento da vida pela bíblia, em escolas públicas dos Estados Unidos, retomou-se uma forte discussão sobre a influência do ensino religioso. No país de Bush, grupos com ações para determinar a obrigatoriedade de temas religiosos no ensino formal tem levado a colocar em julgamento na Suprema Corte a relação entre Estado e religião. O resultado é sempre baseado no princípio de que a presença compulsória de religiosidade em escolas públicas viola a emenda norte-americana que institui a liberdade de crença e expressão. No século passado, defensores das teorias criacionistas proibiram o ensino da teoria evolucionista em alguns estados norte-americanos, mas em 1968, a suprema corte, atendendo pedidos de professores de biologia, entendeu que deveria ser ensinada em escolas públicas a teoria evolucionista e não a teoria criacionista por se basear na fé. Em 1962, o tribunal considerou errado que fosse obrigatório os alunos fazerem leitura de orações religiosas nas escolas. Em 1980 foi proibido painéis com os dez mandamentos em escolas no estado de Kentucky. A partir disso, juízes norte americanos procuraram garantir a separação entre Estado e religião. Em 1989 na França, dirigentes de escolas proibiram o uso de véus islâmicos nas escolas. Anos depois centenas de alunas muçulmanas reagiram a isso indo às escolas com os véus, pedindo dispensa das aulas de educação física e se recusando a assistirem as aulas de ciências e de orientação sexual, exigindo também o direito para se ausentarem das aulas para fazerem suas orações. O ministério de educação nacional proibiu, em 2004, os alunos de se exporem nas escolas com símbolos religiosos, com isso surgiram vários protestos. Conflitos entre religião e educação, que fizeram igreja e estado serem instituições bem separadas, parecem distantes do ensino brasileiro, ainda às voltas com a possibilidade de ofertar uma