Resumo do texto: Entre o Público e o Privado
CONTEMPORÂNEO - NEWTON BIGNOTTO
O autor destaca que para se discutir sobre ética nas sociedades capitalistas contemporâneas é necessário que se faça a definição do espaço público. Uma primeira definição é de que público seja tudo aquilo que possa ser visto e ouvidos por todos e também divulgado. O mundo público proporciona o alcance de objetivos comuns de interesse de todos os cidadãos. Em sentido oposto tem-se também que o não público seja tudo aquilo que não o caiba, ou seja, tudo que não deva ser divulgado e mostrado, o espaço do que é privado. Segundo
Newton Bignotto a delimitação entre a esfera pública e privada implica ainda na escolha entre o que interessa a todos e aqueles que representam a vontade de indivíduos ou grupos isolados em uma sociedade.
Com a chegada do mundo moderno teve-se o encolhimento e algumas vezes até mesmo o desaparecimento do modelo antigo de espaço público, onde o cidadão ativo voltado para a participação direta nos negócios coletivos deu lugar ao cidadão passivo, cuja preocupação principal era sobreviver e aceitar a delegação de poder. O Estado passa a ser entendido como o domínio público, com a gestão voltada para o princípio da eficiência, tendo o uso eficaz dos recursos públicos como meio de equilíbrio dentro da sociedade. No século XIX, a idéia de que a vida econômica era a única razão para a vida associativa humana dá espaço também à educação como meta a ser prioritária pelo Estado.
No plano contemporâneo os interesses privados passam a reforçar a definição do espaço público. Surge então a preocupação do risco da competitividade generalizada, não alicerçada numa política baseada na liberdade, por fim no equilíbrio da vida associativa humana.
Conclui-se a final que as relações econômicas são importantes nas questões éticas do mundo moderno, contudo existem outras questões como a liberdade e a justiça social que devem ser