Resumo do texto: “ciência: uma casa de muitas portas”
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Para Scliar, a ciência, em seus primórdios, era apenas conhecimento, organizado ou não, e se confundia com magia, no qual a pessoa sabia porque sabia, porque tinha um dom misterioso. Sendo assim, houve um momento em que surgiu a necessidade de buscar explicações às questões que ainda não haviam sido respondidas. Segundo o autor, isso significava investigar e sistematizar o conhecimento. Foi nesse momento em que a alquimia cedeu lugar à química moderna, o que favoreceu a descoberta de vários elementos químicos, bem como de várias técnicas de laboratório. De acordo com Scliar, a ciência é uma casa de muitas portas e, sendo assim, a investigação não se restringiu apenas à química. Fatores como a manutenção da saúde e a luta contra a doença foram, aos poucos, despertando o interesse científico nas pessoas. Porém, a doença nem sempre foi compreendida com um olhar científico por parte da humanidade. Scliar afirma que, na antiguidade, a enfermidade era sinal de pecado e de possessão do corpo por maus espíritos, sendo os sacerdotes, feiticeiros ou xamãs os responsáveis pelo tratamento contra esses males que afligiam os enfermos. Do ponto de vista de Scliar, Hipócrates – considerado o pai da medicina – foi o responsável pela desmistificação dessa concepção mágico-religiosa acerca da doença, afirmando que estas não são causadas por demônios ou deuses, mas por fatores naturais. Entretanto, sua abordagem era elementar e seu conhecimento era empírico, advindo da observação. Para o autor, as grandes mudanças aconteceram na Idade Moderna com a Revolução Científica. Foi nesse período em que se aflorou o conhecimento sobre o corpo. Esse avanço foi possível devido ao manuseio de cadáveres – antes considerado um obstáculo devido às repressões por parte de muitas religiões. Tal prática possibilitou o estudo sobre o funcionamento dos órgãos. De acordo com Scliar, no século subsequente surgiria o primeiro microscópio, inventado por um comerciante de Delft (Holanda), Anthoni van