Resumo do texto Causas da Inflação de Souza N.J

A inflação é um dos fenômenos econômicos mais perversos, porque subtrai parte das rendas dos consumidores, afetando mais os que recebem rendimentos fixos e a população pobre. Pode ser definida como um processo de alta generalizada dos preços, o que provoca a redução do poder de compra da moeda. Segundo o valor do índice inflacionário, a inflação pode ser caracterizada como rastejante (menor que 10% ao ano), alta (maior que 20% ao ano) e hiperinflação (maior que 50% ao mês).
A principal consequência do processo inflacionário são as distorções dos preços relativos, porque os preços variam com taxas diferentes. Em um processo inflacionário, em geral, os preços por atacado não variam no mesmo ritmo daqueles dos bens de consumo final, assim como os preços agrícolas não crescem na mesma velocidade dos preços industriais. Nessa situação, as relações de troca pioram para a agricultura, pois os preços dos insumos industriais usados na produção agrícola crescem mais do que os preoços dos produtos agropecuários. Os efeitos sobre os preços relativos pioram a distribuição de renda em detrimento de determinadas classes sociais e setores econômicos.
Na ausência de mecanismos de indexação de preços e rendimentos, os grupos sociais que recebem rendimentos fixos (salários, aluguéis, pensões, mesadas) perdem com a inflação se não aplicarem parte de sua renda no setor financeiro, em benefício daqueles que podem reajustar periodicamente os seus ganhos, como empresários e profissionais liberais.
A inflação também provoca déficit na balança comercial, ao encarecer as exportações e baratear as importações. As empresas nacionais tornam-se menos competitivas no exterior, enquanto ocorre o inverso com as empresas que vendem para o país.
A inflação pode derivar de duas causas: demanda e custos. A inflação de demanda acontece quando as firmas não conseguem aumentar no curto prazo as quantidades ofertadas, e mesmo aumentando os preços, elas conseguem vender. De modo geral, a inflação