Resumo do preconceito linguistico
As regras gramaticais consideradas “certas” em boa parte não correspondem à língua que realmente é falada e escrita no Brasil, tendo em vista que a norma padrão corresponde a um ideal lingüístico inspirado no português de Portugal. Não considerando as variações lingüísticas originarias de diversos fatores, dentre eles o da variação geográfica e sociocultural, e auxiliando na disseminação do mito de que “falar bem” é falar de acordo com a Norma Culta. Da mesma forma que a humanidade evolui e se modifica com o passar do tempo, a língua acompanha essa evolução e varia de acordo com os diversos contatos entre os seres pertencentes à comunidade universal. Assim, é considerada um objeto histórico, sujeita a transformações, que se modifica no tempo e se diversifica no espaço. O preconceito lingüístico, vem sendo alimentado diariamente pelos meios de comunicação, que pretendem ensinar o que é "certo" e o que é "errado", sem falar, é claro nos instrumentos tradicionais de ensino da língua, ou seja a gramática normativa e os livros didáticos. A gramática se filia à tradição que atribui ao domínio da escrita um elemento de distinção social, que é na verdade um elemento de dominação dos “letrados sobre os iletrados”. Usar a língua tanto na modalidade oral como na escrita é encontrar o ponto de equilíbrio entre dois eixos: o da adequação e o da aceitabilidade. O aprendizado da ortografia se faz pelo contato íntimo e freqüente com textos bem escritos e não por regras mal elaboradas. Saber ortografia não tem nada a ver com saber a língua.O preconceito lingüístico está ai, firme e forte, mudanças só acontecerão quando houver uma transformação radical no tipo de sociedade em que os brasileiros estão