Resumo do livro: O Mundo é Plano
De tempos em tempos o popular e populoso terreno das publicações de negócios – uma área no mais das vezes habitada por “analistas de última hora” mais interessados em fazer um nome para si mesmos (e uma grana boa enquanto isso) do que em desenvolver novas idéias e novos conceitos – nos disponibiliza trabalhos interessantes e que nos fazem refletir de forma positiva sobre como anda o mundo à nossa volta. É o caso de O mundo é Plano, publicado em 2005 nos EUA. Seu autor, o jornalista norte-americano Thomas L. Friedman, é um dos mais respeitados analistas de assuntos internacionais dos EUA, tendo sido vencedor do Pulitzer (a principal premiação jornalística daquele país) em três ocasiões.
Friedman desenvolve, ao longo de seu texto, a idéia de que o mundo – a despeito de todas as evidências acumuladas ao longo de mais de quinhentos anos – não é esférico, mas sim plano como se imaginava nos tempos anteriores a Cristóvão Colombo. O que em princípio pode parecer uma idéia absurda, na realidade é uma argumentação coerente e interessante, pois obviamente não se refere aos conceitos geográficos estabelecidos e demonstrados – sem sombra de dúvida – de que a Terra é uma esfera. Na verdade, ao referir-se ao mundo como sendo “plano”, Friedman utiliza uma metáfora aludindo à análise militar de que a luta em um terreno plano – sem obstáculos tais como montanhas ou vales – oferece igualdade de condições para as facções combatentes.
O tema principal do livro é a globalização – como também nas obras anteriores de Friedman – e aqui este termo é utilizado com entusiasmo e sem preconceitos. A globalização é vista como uma inevitabilidade histórica e, ao invés de argumentar contra seus malefícios, o autor busca analisar seu estado atual de desenvolvimento, alertando para os pontos positivos que este processo desencadeia tanto nos países em desenvolvimento quanto nas nações desenvolvidas. Para Friedman, o processo de