Resumo do livro A substancia das sombras
O cinema é uma invenção da revolução industrial. Fruto de dezenas de inventores, que foram aos poucos construindo uma narrativa por meio de uma sequência de imagens, o cinema é consequência do desenvolvimento da fotografia, da ótica e da química, que resultou na película cinematográfica, na máquina de filmar e na máquina de projetar.
O cinema ao introduzir as vistas panorâmicas do mundo no imaginário das plateias, libertou a literatura das exaustivas descrições de paisagens.
Alguém já disse que o cinema é uma indústria, mas o filme é uma arte. O cinema, arte da era da reprodução, tem no mercado do entretenimento a sua fontes de recursos.
Os irmãos Lumière, inventores franceses da projeção cinematográfica, fabricantes de material fotográfico, chegaram afirmar que o cinema era uma invenção sem futuro. Foi nos Estados Unidos que um pequeno grupo de imigrantes judeus deu ao invento o tratamento comercial que permitiu sua expansão.
O circuito exibidor, a relação do público com a indústria cultural, o aparecimento da televisão, tudo parece conspirar contra os valores artísticos do cinema. O desaparecimento da diversidade cultural faz parte da concepção pragmática da indústria cultural em sua fase monopolista, gerando terríveis consequências sociais, pondo em risco as bases da própria democracia.
O cinema de massas é uma invenção do capitalismo americano que repete na indústria cultural o que antes aconteceu com a comercialização do chá.
A pré-história do cinema
Antes da invenção da projeção em 1890, a pré-história do cinema se estende ao passado mais remoto da civilização. Em Java há a tradição do teatro de sombras, em que bonecos recortados em couro lançam sombras sobre um tela iluminada e narram histórias.
A plateia acomodava-se numa sala como uma grande tela. Por trás da tela, Étinne movimentava sua lanterna com rodas, ajustava as lentes e simulava o movimento, assustando os espectadores com a aparição de demônios e