resumo do livro cultura e democracia
CHAUÍ, Marilena, Cultura e Democracia, 2 ed. Salvador: Secretaria de Cultura, Fundação Pedro Calmon, 2009.
O referindo texto, traz os vários significados da palavra cultura, nas mais diferentes épocas. Com a Filosofia de Ilustração, cultura é sinônimo de civilização, portanto de vida política e de regime político; com o Iluminismo cultura é o padrão ou critério que mede o grau de civilização de uma sociedade, através de um conjunto de práticas que permite avaliar e hierarquizar o valor dos regimes político.
A Europa capitalista foi o padrão que os antropólogos estabeleceram para medir tal progresso e evolução, segundo o qual, as sociedades eram avaliadas conforme a presença ou ausência de elementos como O Estado, o mercado e a Escrita, diferente disso ou contrário à isso eram chamados culturas “primitivas”.
A autora descreve que a partir do século XIX, a ideia de cultura passa a ser a ruptura da adesão à natureza e inaugura assim o mundo humano propriamente dito, a ordem humana é a ordem simbólica, ou seja a capacidade humana pra relacionar-se com o ausente e o possível por meio da linguagem e do trabalho, definindo o homem como agente histórico. A partir do século XX, a cultura passa a ser compreendida como o campo no qual o sujeito humano elaboram símbolos e signos, instituem as praticas e o valores,define para si o possível e o impossível, indo de encontro com as sociedades modernas, por serem sociedades e não comunidades, pois sendo comunidade a idéia de indivisão e bem comum, enquanto que na sociedade os indivíduos eram separados um dos outros por seus interesses e desejos. Sociedade era isolamento, fragmentação de seus membros, divisão interna, ou seja a divisão social , isto é, a divisão de classe. Essa sociedade dividida em classe, institui a divisão cultural, que recebe variados nomes como: cultura dominada e cultura dominante, cultura opressora e cultura oprimida, cultura de elite e cultura popular. A