Resumo do livro “comentários sobre a primeira década de tito lívio – discorsi”
Os homens são naturalmente invejosos e, por isso, tornam o descobrimento de novos métodos e sistemas algo tão perigoso quanto a descoberta de novas terras e mares, pois se inclinam mais à crítica que ao elogio.
É espantoso constatar que os homens, por um lado, veneram tanto as coisas antigas e, por outro, os atos admiráveis de virtude registrados pela História não são tomados como exemplo na atualidade.
Quase tudo é baseado na Antiguidade: o direito, a medicina, etc, porém a Política, a guerra, o modo de administrar e outras desse escopo são ignorados pelos príncipes atuais. A principal causa disso nem é tanto a fraqueza do mundo de inspiração religiosa e os vícios (como a preguiça) de Estados e cidades da Cristandade, mas sim, a falta de uma análise dos acontecimentos históricos e uma busca pela sua imitação.
Capítulo I
Como começaram as cidades, de modo geral; e como Roma, em particular, teve o seu início
A origem das cidades deu-se de duas formas: foram fundadas por naturais do país ou por estrangeiros.
A fundação de cidades por naturais dessa localidade foi pela necessidade de se defender de agressores externos. Assim, os habitantes – de forma espontânea ou movidos pela tribo de maior autoridade – decidem habitar em conjunto um local que lhes proporcione comodidade e segurança. Exemplos: Atenas e Veneza.
A fundação de cidades por estrangeiros – homens livres ou dependentes de outro Estado – serviam principalmente para acomodar uma população excedente de algum império ou para manter as conquistas mais seguras e menos difíceis de se administrar. Esse é o caso das colônias. Exemplo: o Império Romano fundou muitas cidades desse tipo.
Capítulo III
Os acontecimentos que levaram à criação de tribunos romanos, instituição que aperfeiçoou o governo da república
Todos os homens são maus e estão dispostos a agir com perversidade sempre que haja ocasião, mesmo que não se