Resumo do livro “basic elements of landscape architectural design” - páginas 15 à 33.
A declividade, as configurações de vales e topos e as características da composição do solo afetam a espacialização e organização das diferentes funções e uso no paisagismo. As condições ideais para cada uso devem orientar as decisões do plano de intervenção. Por exemplo, quadras de tênis devem ser localizadas preferencialmente em terrenos com declive de um ou no máximo três por cento. Não seria uma decisão coerente localizar tal equipamento em um terreno com dez por cento de inclinação, uma vez que isso acarretaria em grandes movimentações do solo, elevando o impacto ambiental e o custo da intervenção. Como regra, quanto mais plano for o terreno (não ultrapassando um por cento), mais flexível e apropriado para intervenções o mesmo se apresenta, permitindo a utilização de sistemas construtivas mais simples e facilitando a instalação da infraestrutura. Topografias mais planas permitem a disposição das diferentes funções tanto de forma difusa quanto concentrada. As alternativas para a concepção funcional são maiores nesse tipo de terrenos. Nos declives, vales e cristas, a organização dos diferentes usos e intervenções precisam ser concentrados ou dispostos linearmente. Opções e alternativas são menores em terrenos inclinados, no que diz respeito à inter-relação dos usos da terra. A forma do terreno também afeta o uso regional do solo e os padrões de desenvolvimento. Por exemplo, formas de uso e padrões de vias tendem a ser retilíneas e ortogonais em áreas predominantemente planas como as do Meio Oeste Americano. Lá, a topografia impôs poucas restrições para instalação do sistema de serviços públicos, que acabaram por subdividir a paisagem em uma malha ortogonal. Em regiões onde há vales proeminentes e cristas, o desenvolvimento regional tende a ser diferente. Um exemplo disso é o oeste de Pensilvânia, onde os vales e cristas tem orientação