Resumo do filme ágora
Hipácia de Alexandria (em português: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hip%C3%A1tia; em inglês: http://en.wikipedia.org/wiki/Hypatia) foi a última diretora da Academia de Alexandria, instituição de ensino inspirada no neoplatonismo e na Academia Platônica, e uma das mais importantes filósofas, matemáticas e astrônomas de seu tempo (quiçá de todos os tempos). Infelizmente, ela viveu em um período histórico muito ruim para ser uma mulher pagã, solteira, independente e inteligente: o final do século IV d.C. e o início do século V d.C. Nesse período, Império Romano já havia adotado o cristianismo como sua religião oficial, e isso representaria um sério problema para uma pessoa com todas essas virtudes que Hipácia possuía. Como diretora da Academia de Alexandria, Hipácia não apenas ministra aulas de filosofia, astronomia e matemática como exerce uma grande influência no governo da cidade, formado em grande parte por ex-alunos seus. O prefeito Orestes, inclusive, raramente tomava decisões importantes sem consultar sua mestra, e o conselho sempre a consulta quando necessário. Essa influência ofendia os cristãos. Baseados nas Epístolas Paulíneas (isto é, aquelas que foram escritas por São Paulo), os cristãos acreditam que a mulher foi criada por Deus para ser um ente submisso ao homem, do qual seria nada além de uma posse e para o qual não teria utilidade além de reprodutora e empregada doméstica. Liderados pelo bispo, da cidade, Cirilo de Alexandria (canonizado em 1882), os cristãos exigiam do governo que Hipácia fosse punida por sua “ousadia” em, como mulher, influenciar as decisões da cidade. Orestes resistiu o quanto pôde, mas se viu forçado a ceder quando o Império determinou que os funcionários públicos devieram-se converter ao cristianismo. A partir desse momento, os contatos entre Hipácia e Orestes passaram a ser secretos, pois ela se recusava a converter-se. Respaldados pelo governador da província, os cristãos