RESUMO DO FILME PONTO DE MUTA O
Ponto de Mutação (Mindwalk), baseado no livro homônimo do autor Fritjof Capra, é um filme sobre um diálogo: a maior parte do filme consiste em um discurso sobre o mundo entre um trio formado pelos estereótipos de um ex-candidato a presidente dos Estados Unidos, pragmático, uma física norueguesa reclusa e um poeta. A conversa, que se passa na ilha francesa de Monte Saint-Michel, se dá antes da maré subir a ponto de cercar de água o castelo.
A medida que o trio vaga pelas dependências do castelo, a cientista discorre sobre seu ponto de vista em várias questões. Ela tem uma visão holística sobre o mundo e cita com desdém os a destruição impressa por séculos de revolução industrial, governos patriarcais e a visão Cartesiana do mundo: uma visão, segundo Sonia, prejudicial à humanidade, ao ambiente e à própria beleza da vida. E, à medida que a maré aumenta, a percepção de que o mundo é, na verdade, uma malha de relações se ratifica.
Na verdade, embora construído como um diálogo, o filme pode ser interpretado como um monólogo entre os três elementos da personalidade do autor: a física (ocupação, vocação), o poeta (parte lúdica) e o político (o desejo de mudar o mundo). No final, a cientista essencialmente não mudou, mesmo quando sua filha tenta se relacionar com o político, porém, o poeta e o político estão cheios de imaginação sendo que este se dispõe a pensar nos obstáculos que devem ser transpostos a fim de se concretizar as ideias da cientista.
O filme, bastante didático, dirigido pelo irmão mais novo de Capra (autor do livro), conta com um cenário imersivo e personagens complexos em conhecimento. Abordando vários temas os Caminhos da Ciência, a Natureza e o Homem, o filme explora a forma como o homem se relaciona com o mundo, propondo que uma nova visão é necessária para entender e resolver os problemas da humanidade.