Resumo do Capítulo “Geografia Fin-de-Siècle: O Discurso Sobra a Ordem Espacial e o Fim das Ilusões”
Neste texto intitulado “Geografia Fin-de-Siècle: O Discurso Sobra a Ordem Espacial e o Fim das Ilusões”, escrito por Paulo Cesar da Costa Gomes, contido no livro “Explorações Geográficas: Percursos no Fim do Século”, publicado em 1997, o autor descreve os sucessivos debates teórico-metodológicos que se deram em relação ao estudo da Geografia ao longo do tempo, e as “ilusões” que permearam essa evolução.
A primeira ilusão descrita é a da Geografia como ciência de síntese, muito difundida no final do século XVIII e ao longo do século XIX. A Terra era vista como um todo, composta por “diversas engrenagens de múltiplas relações de causa e efeito”, numa metáfora lembrando uma máquina, ou também vista como um corpo orgânico composto por “parcelas com forma e função diferenciadas e complementares”. O autor critica esta visão, pois muitos fenômenos deixaram de fazer parte do interesse dos geógrafos, o que passou a incentivar a especialização em determinados assuntos, devido a grande quantidade de informações as quais se deparavam. E também, sob o ponto de vista da síntese, a Geografia só se interessa por descrever características ou fatos singulares dos diversos lugares, o qual o autor vai denominar “kantismo empobrecido”.
Outra ilusão mencionada é a da forma. O mapa se transforma num produto de pesquisa geográfica, e não em um instrumento. Para o autor, a pura e simples descrição da forma não tem a capacidade de fornecer todos os elementos necessários à compreensão dos aspectos e práticas sociais que se desenvolvem em um determinado espaço.
Uma outra ilusão que se junta as demais, é a síntese entre as duas principais parcelas que compõe a Geografia: Geografia Humana e Geografia Física. Ou seja, estes dois ramos só encontram sua operacionalidade quando relacionados. Para o autor, isto traz um problema, que é o de nos levar a conceber estes dois termos como mutuamente