Resumo do capítulo i - s.s identidade e alienação
Capitalismo industrial e polarização social
A definição do capitalismo é muito complexa, é necessário recorrer ao processo histórico para tentar compreender como ele surgiu. Os historiadores o definem de várias formas diferentes. Segundo Dobb, há três vertentes que definem o capitalismo de acordo com a historiografia.
A primeira vertente é de Werner Sombart, o capitalismo é baseado de acordo com o momento econômico e as necessidades de cada época. Ele sustentava a tese de que o capitalismo foi resultado do protestantismo. No entanto, Max Weber e seus seguidores discordavam, pois eram sustentados pelas suas opiniões e pelos registros históricos de que o capitalismo surgiu antes da Reforma.
A Escola Clássica Alemã defendia a segunda vertente na qual era indispensável a organização para tornar o mercado e o lucro dinâmicos. Essa tese dava ênfase apenas ao aspecto econômico do capitalismo, deixando o processo histórico em segundo plano.
Por fim, Karl Marx formulou a terceira vertente. O foco do capitalismo não era apenas a troca de mercadorias e o lucro, passa a ser um modo de produção resultante das relações sociais baseadas na compra e venda da força de trabalho. Esse processo gerou uma nova classe social: a maioria possuía apenas a mão de obra a oferecer e a minoria detinha os meios de produção. Essa vertente é a mais aceita.
Para entender o surgimento do Serviço Social é necessário entender o complexo processo de formação do capitalismo e consequentemente das classes sociais. A própria História não consegue dar uma definição, mas é evidente que existe um paralelo entre ambos. As classes sociais foram resultantes da divisão social do trabalho e da busca pelo acúmulo de lucros. No período das sociedades medievais foi constatada a realização dessa prática, sustentando a tese de que tais atividades, ainda que de forma simples, sempre existiram historicamente tornando difícil a compreensão do início e da