Resumo do Capítulo IV do livro Carnavais, Malandros e Heróis, de Roberto DaMatta
Em “Carnavais, Malandros e Heróis”, Roberto DaMatta, analisa a sociedade brasileira através das festas populares, analisando pontos negativos e positivos dos brasileiros em geral.
Mostra o Brasil que não sai das fronteiras, indo contra a imagem, passada ao resto do mundo de um Brasil que não condiz totalmente com o perfil do País.
O capítulo em questão gira em torno de uma expressão que é comum aos brasileiros, a
“Sabe com quem está falando?”¸ existente ante a evidente hierarquia social, autoridade repressiva e individualismo exacerbado, mostrando que o interesse pessoal está acima do coletivo, evidenciando que o uso desta expressão está normalmente relacionado à demonstração de posição social, firmação de poder e detenção de privilégios.
Se comparado à todo orgulho nutrido em relação ao carnaval, as festas e ao futebol, os brasileiros demonstram uma mais que evidente vergonha de admitir que já fizeram uso dessa tão torpe expressão.
Tal questionamento não se limita apenas àqueles superiores economicamente, está difundido nas mais demasiadas esferas, do rico ao pobre, pois pode, e é punhado por aqueles que se encontram em um nível social mais baixo no sentido que, segundo DaMatta, utilizam a projeção social para assumir o status de seu chefe, como um revestimento da sua própria posição. Como levantado por DaMatta, todos têm o direito de utilizar o “Sabe com quem está falando?”, já que sempre haverá alguém na esfera social pronto a recebê-lo, dada sua possível inferioridade; e alguém pronto a usá-lo, devido sua superioridade.
O autor faz uma comparação com a cultura e hábito americano, ressaltando o condicionamento do brasileiro desde criança a não impor perguntas, tendo em vista que nos
EUA, o questionamento é tido como parte importante do que ele chama de mundo das relações sociais. Contrapondo-se ao brasileiro “Sabe com quem você está falando?”, os