Resumo do capítulo do livro “Administrando a água como se fosse importante”
O capítulo do livro escrito por Roberto Luiz do Carmo fala sobre a urbanização, metropolização e os efeitos nos recursos hídricos no Brasil.
O autor fala sobre a urbanização, que foi um dos principais processos sociais ocorridos durante o século XX até os dias de hoje no Brasil. O país passou por grandes mudanças no meio urbano e rural. A população migrou da zona rural para a urbana, ou seja, enquanto que em 1950 a população urbana era composta por 19 milhões de habitantes, esse valor correspondia a 36% da população brasileira, em 2000, a quantidade de habitantes na zona urbana subiu para 138 milhões, equivalente a 81% dos brasileiros.
A alta concentração populacional em áreas urbanas acarretou em impactos significantes em termos ambientais. A velocidade como se desenvolveu o processo urbano, associado à falta de investimento em planejamento e infraestrutura atrelada com a incompetência e a falta de vontade política afetou significativamente os recursos ambientais básicos (água, ar e solo), o que significou em uma perda em relação à qualidade de vida, fazendo com que as cidades não avancem significativamente no sentido de melhorar as condições de vida.
No que diz respeito ao esgotamento sanitário, esse é o serviço de saneamento básico com menos cobertura nos municípios brasileiros. A pesquisa mostrada pelo autor, datada do ano de 2000, mostrava que cerca de 52,2% dos municípios brasileiros tinham o serviço de esgotamento, o que significa que o resto da população terá que procurar outras alternativas para o despejo de seus respectivos esgotos domésticos, que seriam as fossas secas, fossas sépticas e semidouros, valas abertas e o lançamento em cursos d’água. Este despejo de esgotos domésticos em cursos d’água sem nenhum tipo de tratamento é um dos principais problemas ambientais do Brasil. Esse despejo de esgotos domésticos em bacias hidrográficas não afeta somente um único município e