Resumo do capítulo 3: Eu sou aquilo que escrevo
Gabriel Perissé, no terceiro capítulo do livro A Arte da Palavra, começa chamando atenção para os primeiros versos dos autores inspirados, pois estes são retratados pela marca pessoal de cada um e que não existe duas pessoas inspiradas iguais, ou seja, que algo eles tem de fazer quando buscam inspiração em alguma coisa, para compor seus poemas, suas páginas e até mesmo um livro.
O autor enfatiza que a construção de um estilo pessoal, requer necessariamente um investimento de personalidade, não sendo um conhecimento apenas visto de longe e nem por alto, tendo que conhecer a si mesmo e que o que é escrito tem de ser feito de forma científica.
Ele ressalta que o escritor é aquilo que se escreve, pensa, imagina, faz e lê enquanto não está escrevendo, e que como a “liberdade absoluta” de um adolescente que a busca com todas as suas forças e que se perde ao encontra-la, por isso ele amadurece quando começa a tomar consciência de seus erros, preconceitos, limitações, e também de suas reais possibilidades, de suas maravilhosas chances de crescer. E que, quando atinge razoável equilíbrio emocional, uma boa estruturação de ideia, de convicções, está preparado para um “alargamento” da consciência e isso é conhecimento do nosso eu, pois sabemos quem somos por aquilo que escrevemos, pois os rostos dos personagens definem melhor nosso próprio rosto.
Gabriel Perissé, cita ainda que não é raro que o escritor iniciante deseje trilhar um caminho já aberto para ter êxito em suas tarefas, para não fugir das regras de como escrever corretamente, se esquecendo de que o ser que somos é manifestado aos olhos de quem nos vê através daquilo que escrevemos.
Ele aponta que o escritor tem seu próprio estilo, sendo o que pode ser dentro das circunstancias concretas em que vive. Sendo a própria língua uma dessas circunstâncias, pois limita basicamente o escritor, pois este pensa e sonha dentro do idioma que se move e que lhe foi ensinado a