Resumo do capitulo - A Casa Higienica do Livro ORDEM MEDICA E NORMA FAMILIAR
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FAMILIA COLONIZADA: MEDICALIZAÇÃO E DISCIPLINA À DOMICÍLIOA CASA HIGIÊNICA
No período higienista a medicina encontrou na casa o aliado perfeito para regular o contato entre indivíduos e família, cidade e Estado.
Foi a partir da regulação da casa colonial para a casa burguesa que a medicina influenciou persuadiu definitivamente a mudança, tanto do ponto de vista arquitetônico, como das relações sociais da família intra e extra familiares, bom como as representações, valores e hábitos da família brasileira.
Inicialmente as transformações ocorreram na arquitetura das casas, que eram projetadas na época para suprir ao medo que a sociedade tinha das influências externas, como maus ares, ventos e miasmas. Ambiente extremamente insalubre, rústico e precário foi alvo de críticas severas da medicina, que fundamentava seus argumentos em base científicas da época. Além da critica quanto às especulações financeiras da época que atendiam aos interesses de antigos traficantes de escravos e de proprietários que não tinham preocupação quanto à qualidade dos imóveis construídos, interessando somente pelos lucros.
A classe médica lutou por um plano geral de construção e da implantação de tecnologias só encontradas no estrangeiro. A partir das normatizações observam-se as transformações no comercio brasileiro que começa a importar não só mão de obra qualificada como matérias da Europa.
Segundo o Costa (1989):
Combatendo a qualidade do material e a anarquia na improvisação das construções, os médicos opunham-se, é certo aos especuladores. Mas, ao mesmo tempo, impunha as pequenas famílias o consumo de serviços e bens monopolizando o comércio internacional (113).
Esta influência contribuiu para a prosperidade da indústria européia e principalmente pela aculturação e europeização da família brasileira. Mesmo quando estas mudanças não atendiam as reais necessidades e algumas até inviáveis ao clima brasileiro.
Outro fator relevante foi que a medicina social percebeu que a