Resumo do cap 3 da Casa Grande e Senzala
No capitulo III de Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre busca, através de um estudo aprofundado no português que antecedeu áquele que colonizou o Brasil até chegar ao português colonizador, características que possa definir e dar sentido à esse personagem da história do Brasil.
Com base em pesquisas realizadas pelo autor, ele nos apresenta um português que embora cruel, à respeito da escravidão e das formas de trato daqueles que considerava “inferiores” ou “impuros”, foi o europeu que melhor confraternizou com esses chamados inferiores e o menos cruel em relação aos escravos em seu poder.
Freyre nos mostra também as relações antagônicas(tanto a respeito da raça quanto da religião e das terras) que os portugueses tinham com os mouros e outros povos islâmicos que se fixaram no Norte de Portugal.E que mesmo com essa inimizade, as relações entre mouras e portugueses ocorreram, causando uma miscigenação que é uma das características dos lusitanos devido ao seu histórico interesse por mulheres exóticas e pelo fato das senhoras portuguesas não serem muito “asseadas” . Através desse convívio e dessa mistura, os portugueses passaram a aderir algumas das técnicas e dos equipamentos que os mouros utilizavam para a irrigação e também seu sistema escravocrata de mão-de-obra servil. Além disso, os lusitanos que nunca gostaram e nunca foram de fazer muito esforço físico, utilizaram-se da força e do conhecimento do mouro para a realização de diversos trabalhos envolvendo a terra( o que ajudou na organização agrária no Brasil colônia).
Alberto Sampaio, um dos historiadores que Freyre cita em sua obra, nos apresenta uma visão mais ampla dos portugueses que chegaram ao Brasil, pois em sua pesquisa boa parte deles seriam mouros e moçárabes(árabes cristãos) explicando se assim a implantação da agricultura como principal base econômica no inicio da colonização.
A respeito da sua chegada no Brasil