Resumo do artigo “O mito do consumo como ato individual” de Luciane Lucas dos Santos
Houve uma notícia que se espalhou rapidamente, foi uma historia em quadrinhos do Super-Homem, onde o personagem participa de uma manifestação no Irã contra o presidente Ahmadinejad, e sua presença foi entendida por muitos como uma provocação para os americanos, com toda essa confusão, venho à tona mais uma vez a crítica ao estilo de vida americano e todas as formas que eles utilizam para garantir sua manutenção.
O consumismo exagerado está cada vez mais em evidência, não só nos Estados Unidos, mas também no mundo todo, e o discurso de um consumo consciente e da sustentabilidade está se disseminando cada vez mais no mundo inteiro, pois hoje o consumo ocupa um lugar muito grande em nossas vidas, porque não consumimos somente bens materiais, consumimos também concepções de mundo, sensações, ideias, estilos de vida e precisamos de isso tudo para comunicar ao mundo quem realmente somos, para fazermos parte de grupos com valores iguais ou parecidos com os nossos, assim, o simples ato de ouvir música, de como nos vestimos e até o que comemos explica muito quem nós somos. Podemos dizer então, que nesse mundo dos bens, nos comunicamos com afetos, como amor, raiva, desejo, ansiedade, angústia interagindo-se com os outros, mediados por bens simbólicos e materiais, isso tudo nos demonstra que o consumo tornou-se indispensável na mediação social e na comunicação dos afetos.
O consumo contemporâneo constitui-se como um sistema de classificação social, assim todos os nossos gostos, nossas escolhas, servem para nos legitimar socialmente. Sendo o gosto de algum determinado produto, por exemplo, a partir dessa escolha nos coloca em algum lugar na sociedade, interagindo-se assim com pessoas que compartilham os