Resumo do 1º, 2º e 3º capítulo do livro: Aprender Antropologia, de François Laplantine
A PRÉ-HISTÓRIA DA ANTROPOLOGIA
A descoberta das diferenças pelos viajantes do século e da dupla resposta ideológica dada daquela época até nossos dias. Para criar discursos sobre os habitantes, o Renascimento tem que explorar os espaços desconhecidos povoados por eles. Fazendo assim um grande confronto visual, questionando se os tais habitantes, que acabaram de serem descobertos, pertenciam ou não a humanidade. Na época, o critério que se usava para saber isso era através do critério religioso. No século XIV, a questão criada não é solucionada. Nessa época surge dois tipos de ideologias concorrente, sendo que uma diz o contrário da outra:
1. A recusa do estranho aprendido a partir de uma falta, e cujo corolário é a boa consciência que se tem sobre si e sua sociedade.
2. A fascinação pelo estranho cujo contrário é a má consciência que se tem sobre si e sua sociedade.
O dominicano Las Casas diz que aqueles que a gente considera índios, são urbanos, pois essas pessoas têm aldeias, vilas, cidades, reias, senhores e uma ordem política melhor que a nossa, que esses habitantes se igualavam ou até nos superavam. Fala que, desde os nossos ancestrais, nos somos os culpados pelo modo de vida que vivemos. Já o jurista Sepulvera diz que aqueles que superam os outros em prudência e razão são, por natureza, os senhores. Os que superam os outros em forças físicas são chamados de servos, que sempre vão estar a serviço de pessoas mais cultas e humanas.
Essas ideologias, mesmo não expressando termos religiosos, permanecem vivas até hoje.
1.1. A figura do mau selvagem e do bom civilizado A diversidade das sociedades humanas era vistas como aberração e exigindo uma justificação. Os gregos diziam que todos que não participavam da helenidade, eram chamados de bárbaros. Nos séculos XVII e XVIII, o Renascimento chamavam os seres das florestas de naturais ou selvagens, opondo assim a animalidade à humanidade. Só é usado o termo primitivo no século XIX, até lá,