RESUMO DIFICULDADE DE AMAR O PROXIMO
CAPÍTULO 3 – SOBRE A DIFICULDADE DE AMAR O PRÓXIMO
No livro “Amor Líquido – sobre a fragilidade dos laços humanos” escrito por Zygmunt Bauman (2005), o autor afirma que o “amor líquido” representa a fragilidade dos laços humanos e a série de artimanhas que os seres humanos fazem para substituí-lo. Ao tentar definir a temática dessa obra, afirma que “(...) o principal herói deste livro é o relacionamento humano.” (BAUMAN, 2004, p. 08)
O autor traz o termo amor líquido como resultado da modernidade líquida ou pós-moderna. Esse período se traduz num mundo cada vez mais fragmentado e de um sujeito cada vez mais confuso consigo mesmo, com o espaço que ocupa e com o tempo que o rodeia. Bauman diz que a modernidade líquida ou pós-modernidade trouxe consigo uma nova era nos relacionamentos, que se encontram cada vez mais fragilizados e desumanizados.
O terceiro capítulo do livro, “Sobre a dificuldade de amar o próximo”, traz uma clara alusão aos mandamentos de Deus pelo conceito de amar o próximo como a si mesmo.
Segundo Bauman (2004), “o amor próprio é construído a partir do amor que nos é oferecido por outros”. Evidencia-se a construção de amar a si mesmo somente quando há o mesmo sentimento – no caso, amor – manifestado por outros que “devem nos amar primeiro para que comecemos a amar a nós mesmos”, finaliza.
Este pensamento nos traz uma reflexão quanto a nossa relação com “estranhos”. Por exemplo: Se um estranho cumprimenta outro na rua, o outro possivelmente não responde o cumprimento, ou até retribui o cumprimento, mas ainda sente-se estranho, talvez ofendido ou até pensa, “que pessoa esquisita”. As pessoas não se sentem à vontade na presença de um estranho, quanto mais cumprimentando alguém que não conhecem. Outro exemplo é o fato de quase ninguém ajudar um mendigo ou um estranho na rua. As pessoas têm medo, tanto por causa da violência, talvez sofrida por eles, quanto pela repercussão dos meios de comunicação que cada vez mais “apavoram” os seus