Resumo de "O Nascimento do Ocidente"
Durante certo período, a Histórica Política se sobrepôs em importância aos outros tipos de produção historiográfica. Com as mudanças sociais, porém, viu-se a necessidade de haver estudos voltados ao papel do imaginário na política e às relações entre nação e Estado, e não apenas à classe dominante vindo, com o avanço desses estudos, a História Política a ser reabilitada. Diversos foram os trabalhos que ascenderam a Nova História Política a sua atual importância, podendo ser citados os trabalhos de Marc Bloch e Jacques Le Goff. Os historiadores passaram a ver a política como a forma básica de organização de qualquer grupo humano, levando em consideração seus símbolos, metáforas e ritos - sendo a própria política o mais abrangente rito social. As monarquias, por exemplo, só podem ser compreendidas se observadas desse ângulo, das relações entre política e imaginário típicos desse fenômeno de poder.
Até o século X, "nação" tinha conotação apenas étnica. Na Primeira e na Alta Idade Média: prevaleceu o princípio jurídico germânico da personalidade das leis. O princípio jurídico romano da territorialidade das leis pregava a submissão aos costumes locais, independentemente da origem da pessoa. Nação, então, passou a ter caráter geográfico e político também. As expressões “país” e “pátria”, contudo, possuíam inicialmente sentido apenas geográfico e receberam significado político e afetivo. A data exata do surgimento do "sentimento nacional", contudo, é motivo de discussão pelos historiadores. "Estado" tornou-se o corpo político submetido a um governo e a leis comuns, como é definido atualmente, somente no final do século XV. Na Idade Média, começou a haver sobreposição entre nação e reino, apesar de isso ocorrer em épocas diferentes nos diversos países da Europa. Observando-se a política medieval, é possível dizer que sua linha de rumo foi a formação do Estado-nação, embora tenha-se mantido forte o poder do Império e