Resumo de uma introdução ao estudo da arte da renascença
A Iconografia consegue dissecar a imagem analisada em três níveis de interpretação referentes ao tema ou mensagem:
Tema primário ou natural; subdividindo-se por jatual e expressional. Este nível constitui uma enumeração dos significados primordiais das formas presentes na obra (descrição pré-iconográfica da obra). O campo jatual trata das configurações de linha e da forma e o campo expressional trata de interpretar o “ambiente” que a imagem retrata, quer seja uma paisagem de um infinito horizonte que transporta liberdade de espaço ao visionador, a atmosfera caseira e pacífica de um interior ou ainda a maneira como um corpo consegue transparecer uma qualidade expressional.
Tema secundário ou convencional; trata a composição da obra, dando automaticamente a esta uma interpretação baseada em alegorias entre a obra e os conhecimentos culturais humanos que o visionador dispõem de antemão. A imagem é então condicionada a um tema, quando a imagem retrata por exemplo uma mulher nua a comer uma maçã, ela é na verdade Eva cometendo o pecado original. Porém quando a imagem analisada veicula não uma pessoa ou objecto mas sim uma ideia, a obra é vista como um símbolo ou personificação dessa ideia, a representação de um trevo de quatro folhas é simbólico de sorte, um conjunto de pessoas a jantar numa mesa comprida numa certa composição é representativo da ultima ceia tal como na cultura Greco Romana um homem