Resumo de texto
Texto1: Cultura organizacional brasileira: de onde viemos?
Os estudos organizacionais em perspectiva histórica podem ser considerados como parte de um campo sempre em construção.
Para Schultz, os primeiros estudos sobre cultura foram desenvolvidos sob a ótica funcionalista, ou seja, a visão da cultura como “posse”.
De uma perspectiva antropológica, a visão de cultura como “posse” é substituída por uma visão de cultura como “processo”, uma vez que não acontece de modo isolado e tampouco é imune ao ambiente. Os integrantes da organização trazem consigo idiossincrasias que são construídas e reconstruídas diuturnamente em seus grupos de referência, tais como família,, escola e entre outros.
Para Reis Rosa e colaboradores, o conceito de cultura organizacional é complexo, deixando de caber dentro de uma visão meramente funcionalista, pois é necessário se compreender a dinâmica organizacional a partir da dinâmica nacional já que ambas se influenciam e se completam.
Clifford Geertz formulou a perspectiva de “teia de significados”. Para esse autor, o homem só é capaz de viver em um mundo que para si faz sentido, sendo a cultura o locus privilegiado da produção desse sentido.
Articulando-se as interfaces entre cultura brasileira e cultura organizacional considerando a contribuição de Gilberto Freyre, Sérgio Buarque de Holanda e Roberto DaMatta para melhor compreensão da cultura brasileira e sua reprodução nos espaços das organizações, considerando os seguintes aspectos:a condição temporal, o lugar social e a pessoa.
Em sua obra Casa Grande e Senzala, Gilberto Freyre aborda a questão da “miscigenação racial” da “casa grande” como espaço social privilegiado de relações dentro do contexto colonial. Sobre o tempo é preciso considerar a década de 30, em que o Brasil rompia com as oligarquias agonizantes frente ao horizonte industrial anunciado pelo Estado Novo. O espaço é totalmente nordestino, marcado pelo coronelismo e pelos